quarta-feira, junho 13, 2007

Jornal de Sesimbra - Coluna Vertebral

1.Durão Barroso chefiou um Governo português com um complicado balanço na área económica e financeira. O seu Executivo encaminhou o país por caminhos recessivos, a estrada para o reequilíbrio financeiro não foi bem desenhada, o crescimento económico não se viu, do desenvolvimento é melhor não se falar e os compromissos económico-ambientais foram realmente adiados a perder de vista. Em Bruxelas, procura fazer esquecer esses tempos difíceis, apresentando-se com "pele nova". Hoje, pretende recandidatar-se a Presidente da Comissão Europeia, embora esse cargo possa ficar relativamente enfraquecido, com a possível ratificação do Tratado de Lisboa.
2.O balanço de Barroso na área diplomática não é mau, até será globalmente positivo, o que se verificou nomeadamente na negociação do Tratado de Lisboa. Mas nalguns domínios da área económica, a prestação frequentemente não é a adequada. E nos temas sociais, a sensibilidade parece bastante limitada. O que é negativo para um candidato à renovação do mandato de Presidente da Comissão Europeia.
3.Na área social, salienta-se como negativo o comportamento em geral zigue zagueante, mas com uma resultante assaz negativa, no que se refere nomeadamente aos Serviços Sociais de Interesse Geral. A parte da Comunicação sobre Serviços Sociais de Interesse Geral, anexa à Comunicação sobre Mercado Interno, é paupérrima no que se refere aos Serviços Sociais de Interesse Geral.
4.E hoje em dia, é o conjunto do Grupo Parlamentar Socialista Europeu, pela voz do seu líder, o deputado alemão Martin Schulz, que o critica e o acusa de "meter a cabeça na areia" em questões decisivas para o futuro da Europa.
5.A candidatura de Lucília Ferra, pela confusão espalhada nas hostes "laranjas", veio auxiliar Maria Amélia Antunes, na batalha autárquica do Montijo. A presidente da Câmara assumiu a presidência da Concelhia do P.S. e essa acumulação poderá potenciar uma maior renovação partidária e autárquica.
6.Quanto a Sesimbra, a lista única liderado por Cristóvão Rodrigues, procurou exprimir um consenso tão alargado quanto possível. Os socialistas "pexitos", condenses e "camponeses" têm que se preparar para as difíceis batalhas autárquicas que os esperam. É preciso clarificar, de forma generalizada, perante a população o que se lhes oferece de diferente e melhor. E escolher boas listas, sem medo dos que abandonarem o P.S. e se perderão provavelmente na penumbra política, nos oceanos, rios, lagoas e ribeiras do esquecimento.

Sexta-feira, 21 de Março de 2008