1 - O Natal deve ser uma quadra de alegria e de fraternidade. Para a Europa e para Portugal especificamente, 2007 é um ano de grande significado. Foi negociado e assinado o Tratado de Lisboa, integrando a Carta dos Direitos Humanos e um Protocolo especial sobre os Serviços de Interesse Geral. Este protocolo abre espaço para uma melhor defesa de serviços públicos de qualidade e para a clarificação do papel dos serviços sociais de interesse geral, em toda a União Europeia.
2 - É claro que nem tudo corre bem na União e em Portugal. A crise imobiliária norte-americana e a instabilidade de alguns países produtores de petróleo criam certas zonas de vulnerabilidade no mundo económico e financeiro. Por outro lado, as estritas regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento acabam por, a partir da metodologia de controlo dos défices, criar limitações nas perspectivas do investimento público. Isto não se passaria assim, caso a União Europeia tivesse aceite o que os socialistas portugueses propuseram e a Assembleia da República em boa parte aprovou, quando Eduardo Ferro Rodrigues era secretário-geral, António Costa líder parlamentar, e o autor destas linhas coordenava o grupo parlamentar na área da Economia e Finanças.
3 - Hoje em dia, sob a corajosa e lúcida liderança de José Sócrates, o país prossegue o seu rumo de reformas indispensáveis face a um melhor futuro num horizonte próximo. Entretanto no hemiciclo de Estrasburgo, na cerimónia de assinatura da Carta dos Direitos Fundamentais, José Sócrates enfrentou uma pequena minoria de deputados extremistas, exigindo referendo em Estrasburgo, quando isso é uma competência nacional. À falta de coragem desses parlamentares que ululavam, exigindo ao Presidente do Conselho Europeu referendos nos seus países, contrapôs José Sócrates serenidade, dignidade e capacidade de afirmação. Os anti europeus extremistas deitaram a cabeça de fora, e o que exibiram não é nada bonito. Fizeram lembrar irresistivelmente Hitler e Estaline.
4 - No final da intervenção que, a convite da Associação Portuguesa de Imprensa, produzi no Palácio da Independência, há alguns dias, o presidente da Associação, João Palmeiro, anunciou a criação do prémio Fausto Correia. Este homem da comunicação e da política, falecido há poucas semanas, merece-o bem. Entendeu o Fausto desde cedo que a democracia efectiva, que a liberdade praticada precisa de se apoiar nas colunas do poder político, da imprensa, rádio e televisões livres e na terceira coluna, a da educação e cultura. Também assim o terá entendido a API .
5 - E nesta quadra natalícia, para o baluarte da imprensa livre que é o Jornal de Sesimbra, vão os meus melhores votos de Boas Festas, bem como para todos os seus leitores e colaboradores. As portuguesas, os portugueses e todos os cidadãos europeus também merecem umas excelentes Festas e, usando a frase clássica, um Ano Novo cheio de prosperidades!
Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2007
2 - É claro que nem tudo corre bem na União e em Portugal. A crise imobiliária norte-americana e a instabilidade de alguns países produtores de petróleo criam certas zonas de vulnerabilidade no mundo económico e financeiro. Por outro lado, as estritas regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento acabam por, a partir da metodologia de controlo dos défices, criar limitações nas perspectivas do investimento público. Isto não se passaria assim, caso a União Europeia tivesse aceite o que os socialistas portugueses propuseram e a Assembleia da República em boa parte aprovou, quando Eduardo Ferro Rodrigues era secretário-geral, António Costa líder parlamentar, e o autor destas linhas coordenava o grupo parlamentar na área da Economia e Finanças.
3 - Hoje em dia, sob a corajosa e lúcida liderança de José Sócrates, o país prossegue o seu rumo de reformas indispensáveis face a um melhor futuro num horizonte próximo. Entretanto no hemiciclo de Estrasburgo, na cerimónia de assinatura da Carta dos Direitos Fundamentais, José Sócrates enfrentou uma pequena minoria de deputados extremistas, exigindo referendo em Estrasburgo, quando isso é uma competência nacional. À falta de coragem desses parlamentares que ululavam, exigindo ao Presidente do Conselho Europeu referendos nos seus países, contrapôs José Sócrates serenidade, dignidade e capacidade de afirmação. Os anti europeus extremistas deitaram a cabeça de fora, e o que exibiram não é nada bonito. Fizeram lembrar irresistivelmente Hitler e Estaline.
4 - No final da intervenção que, a convite da Associação Portuguesa de Imprensa, produzi no Palácio da Independência, há alguns dias, o presidente da Associação, João Palmeiro, anunciou a criação do prémio Fausto Correia. Este homem da comunicação e da política, falecido há poucas semanas, merece-o bem. Entendeu o Fausto desde cedo que a democracia efectiva, que a liberdade praticada precisa de se apoiar nas colunas do poder político, da imprensa, rádio e televisões livres e na terceira coluna, a da educação e cultura. Também assim o terá entendido a API .
5 - E nesta quadra natalícia, para o baluarte da imprensa livre que é o Jornal de Sesimbra, vão os meus melhores votos de Boas Festas, bem como para todos os seus leitores e colaboradores. As portuguesas, os portugueses e todos os cidadãos europeus também merecem umas excelentes Festas e, usando a frase clássica, um Ano Novo cheio de prosperidades!
Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2007