Joel Hasse Ferreira participou num debate sobre assuntos fiscais, na Universidade de Verão do PSD realizada em Castelo de Vide.
Baixar os Impostos: Sim ou Não?» foi o tema do debate que juntou, no mesmo painel, o eurodeputado do PS e Miguel Frasquilho, deputado do PSD.Embora os dois concordem com a descida de impostos, Miguel Frasquilho e Joel Hasse Ferreira diferem quanto ao momento em que tal deve ser concretizado e a abrangência que a medida deve ter.
Para Joel Hasse Ferreira, o Governo só deverá baixar os impostos depois do défice orçamental ser reduzido e passar a situar-se abaixo dos três por cento. «Qualquer descida de impostos tem que ter em conta o equilíbrio orçamental e ninguém na Europa entenderia que Portugal começasse a baixar impostos quando ainda não atingiu o compromisso de reduzir o défice para baixo dos três por cento», argumentou.
Segundo o eurodeputado socialista, quando tais condições estiverem reunidas, deve avançar-se essencialmente com «reduções de impostos selectivas e diferenciadas», «ligadas a objectivos económicos e sociais e tendo em conta os condicionamentos financeiros».
Garantindo ser «completamente contra» a homogeneização das taxas do IRS, porque tal iria beneficiar «os ricos face aos pobres», Joel Hasse Ferreira referiu ser «partidário de uma redução do IRC, com base nos objectivos e práticas das empresas». As empresas que, por exemplo, criem emprego, se estabeleçam em regiões mais difíceis de desenvolver e que, efectivamente, apoiem a exportação ou inovem tecnologicamente deveriam beneficiar dessa descida selectiva de IRC.
A meta do défice abaixo dos três por cento «está à porta», de acordo com Hasse Ferreira, e o Governo poderá depois baixar os impostos, independentemente de ser em 2009 ou não: «Eleições vai havendo muitas. O que é relevante é que se façam as coisas bem, porque o povo o entenderá».
Sexta-feira, 07 de Setembro 2007